Gouveia
Salto nas nuvens
Era uma vez um menino chamado Gouveia. A sua vida começou em 1687 quando ele nasceu.
Tinha cabelos pequenos castanhos e uns olhos castanhos bem clarinhos.
A primeira vez que ele abriu os olhos estava num berço amarelo bem fofo com a sua mantinha colorida que se tornou a manta da sorte.
Uma coisa que gravou nesse dia foi que quando ele olhou para o teto viu estrelas, nuvens, luas, etc. E, quando olhou para o chão, viu a sua gata Pucca com olhos azuis, branca, com a cauda listada (era meiga, muito dada e não era agressiva), que estava a seguir a mais velha, a Mia, que tinha olhos azuis e o pelo preto e branco. Era uma siamesa (era muito meiga, mas muito tímida, só se dava com os donos, mais ninguém).
O seu primeiro riso foi quando a gata Pucca subiu as grades do berço e esbarrou os seus bigodes fofos que faziam cócegas na sua carinha branquinha.
Passados alguns anos, em abril de 1691, a sua mãe adoeceu e acabou por morrer. E bem baixinho ela dizia:
“- Salto nas nuvens”.
Ele nunca tinha pensado no que significaria, mas o seu pai disse-lhe que a sua mãe adorava ver os pássaros da sua cidade a voar e o seu sonho era poder voar um dia.
O menino ainda se lembrava das canções de embalar que ela lhe cantava para dormir melhor e da sua mão a tocar suavemente. Ela era tão aprazível.
No funeral tinha aparecido uma amiga da sua mãe com a sua filha, a Mimi, e foram brincar.
-Olá Gouveia, queres brincar? - perguntou Mimi.
-Sim, quero muito brincar!!
Mimi e ele tornaram-se os melhores amigos de coração e sempre armavam alguma.
Gouveia foi para a 1ª Classe com a Mimi. Os dois pregavam sempre partidas aos professores, mas a Mimi era mais certinha e dizia sempre:
“- Não fui eu”.
Um dia, Gouveia, com a finalidade de acertar num colega com uma pedra, sem querer acertou na professora Olinda. Ela pegou na palmatória e acertou na pele de Gouveia.
-Au au au au, professora ai ai…- gritava ele com muitas dores.
-Menino Gouveia, ficas de castigo por me teres atirado uma pedra!-gritou a professora
Gouveia ficou apavorado, pois nunca tinha apanhado um castigo. Sempre conseguia escapar com os seus olhinhos brilhantes e castanhos e o seu sorriso de veludo fino.
Ele era muito desastrado. Um dia, Mimi chamou-o para irem brincar, mas ele escorregou numa casca de banana, o que o levou a uma quinta onde aterrou no estrume de vaca.
Outro dia, chegou à escola um menino muito sonhador que gostava de voar. Sentou-se ao pé de Mimi e ela viu os planos que ele tinha de uma máquina voadora.
- Olá, eu sou a Mimi. Acho que vais gostar do Gouveia, ele gostaria de voar. -disse Mimi com ar de curiosa.
O menino Dinis não respondeu
- Estás a ouvir? - gritou Mimi.
O Dinis abriu a boca e disse:
-Eu trabalho sim, a tentar voar, mas nunca pensei que um aluno fosse como eu porque eu sou super original.
- Mas fala com o Gouveia, ele é super esperto! - referiu
No recreio Dinis gritou:
-Gouveia, Gouveia, podes vir cá?
Gouveia aproximou-se e Dinis mostrou-lhe os planos para voar. Gouveia, Dinis e Mimi começaram a trabalhar.
Depois de 19 meses estavam quase a acabar até que o Dinis morre num acidente de carro.
Mimi e Gouveia tentaram anos e anos resolver o resto dos planos de Dinis até que um dia Gouveia desistiu.
Gouveia tinha 12 anos quando tentou voar com uma máquina dele.
Saindo da escola, Mimi perguntou:
-Que vais fazer no fim de semana?
-Vou voar!-disse Gouveia
-Como? – perguntou Arnaldo.
-Tenta adivinhar - disse Gouveia.
-De tapete voador?
-Não!-afirmou
-Diz, vá lá, Gouveia, eu quero saber-disse Mimi.
-Ok, eu vou dizer! Eu vou voar com uma máquina minha feita por mim que tem uma hélice e um capacete.
Dias passaram e Gouveia trabalhava no seu projeto de um capacete voador.
Um dia, Gouveia chamou jornais, o pai e vieram todos ver.
O pai pensava que era só imaginação, mas era tudo verdade.
Gouveia saltou do helicóptero e carregou carregou e NADA, NADA ACONTECEU.
Gouveia agarrou-se a uma gaivota que o deixou cair numa árvore, onde uma águia com unhas muito, mas muito afiadas lhe deixou arranhões muito grandes e o largou num quintal cheio de silvas onde dez abelhas o picaram. Nesse momento, uma cobra venenosa mordeu-o com os seus dentes afiados.
Gouveia foi para o hospital de onde regressou numa cadeira de rodas.
2ª parte
Gouveia, de cadeira de rodas, estava em casa a pensar no que podia fazer sem se magoar, mas também em ser um inventor 5 estrelas. Porém, iria ser difícil sem Dinis estar presente para o ajudar.
No dia seguinte, o céu estava branco com nuvens brancas a passar e uns raios de sol bem amarelos a aquecer a escola onde Gouveia andava.
-Já sei Mimi, eu não vou desistir de voar, mas se me ajudares vamos ser famosos-comentou Gouveia a sair da escola.
-Estás doido, Gouveia! Ainda não te magoaste o suficiente para perceber que não conseguimos sem o Dinis?-gritou Mimi.
-Não. O Dinis só começou e nós acabaremos o salto!-Respondeu Gouveia.
-Então, o que vais fazer?-Perguntou Mimi
-Como eu me agarrei numa gaivota,…
-Como assim?-Perguntou Mimi
Gouveia foi-se embora e no chão só se via as marcas da cadeira de rodas, e o seu riso expandia-se no ar.
Gouveia, como se nada fosse, agarrou em 1492 pombas, 1451 Gaivotas e 2046 águias e começou a pensar como iria saltar. Então amarrou tudo na sua cadeira de rodas.
O dia fantástico chegou, o salto começará.
Apressado, Gouveia colocou na sua mala a sua mantinha da sorte vermelha.
Noticiário dizia:
“GOUVEIA, O MENINO QUE TENTA VOAR OUTRA VEZ”
O pai de Gouveia foi a correr, mas lembrou-se que quando a mãe morrera dissera “Salto nas nuvens” e aí o seu pai percebera que o destino dele seria esse mesmo.
Gouveia libertou as pombas, as águias e as gaivotas e começou a voar, mas o peso era tanto que ele estava a cair da cadeira de rodas. Gouveia sabia que iria morrer, mas nesse momento abriu a mala e viu a sua manta da sorte. Agarrou nela e quando fechou os seus olhos estava a planar nos ares.
Noticiários diziam:
“GOUVEIA, MENINO QUE TENTOU VOAR, INVENTOU O PÁRA-QUEDAS “
Então, Gouveia, o menino inventor, apesar da sua vida desastrada e pouco segura, tornou-se um prodígio.
FIM
Agradecimentos
Agradeço à minha professora de Português do 6º ano que me inspirou a escrever este livro e aos meus colegas que me deram confiança.
E espero que um dia possa ser publicado e seja lido por muitas crianças do mundo, que gostem de Gouveia e das aventuras dele
Até a próxima
Escola EB 2,3 de Gueifães
Mafalda, 7º3, ano letivo de 2015/2016
Salto nas nuvens
Era uma vez um menino chamado Gouveia. A sua vida começou em 1687 quando ele nasceu.
Tinha cabelos pequenos castanhos e uns olhos castanhos bem clarinhos.
A primeira vez que ele abriu os olhos estava num berço amarelo bem fofo com a sua mantinha colorida que se tornou a manta da sorte.
Uma coisa que gravou nesse dia foi que quando ele olhou para o teto viu estrelas, nuvens, luas, etc. E, quando olhou para o chão, viu a sua gata Pucca com olhos azuis, branca, com a cauda listada (era meiga, muito dada e não era agressiva), que estava a seguir a mais velha, a Mia, que tinha olhos azuis e o pelo preto e branco. Era uma siamesa (era muito meiga, mas muito tímida, só se dava com os donos, mais ninguém).
O seu primeiro riso foi quando a gata Pucca subiu as grades do berço e esbarrou os seus bigodes fofos que faziam cócegas na sua carinha branquinha.
Passados alguns anos, em abril de 1691, a sua mãe adoeceu e acabou por morrer. E bem baixinho ela dizia:
“- Salto nas nuvens”.
Ele nunca tinha pensado no que significaria, mas o seu pai disse-lhe que a sua mãe adorava ver os pássaros da sua cidade a voar e o seu sonho era poder voar um dia.
O menino ainda se lembrava das canções de embalar que ela lhe cantava para dormir melhor e da sua mão a tocar suavemente. Ela era tão aprazível.
No funeral tinha aparecido uma amiga da sua mãe com a sua filha, a Mimi, e foram brincar.
-Olá Gouveia, queres brincar? - perguntou Mimi.
-Sim, quero muito brincar!!
Mimi e ele tornaram-se os melhores amigos de coração e sempre armavam alguma.
Gouveia foi para a 1ª Classe com a Mimi. Os dois pregavam sempre partidas aos professores, mas a Mimi era mais certinha e dizia sempre:
“- Não fui eu”.
Um dia, Gouveia, com a finalidade de acertar num colega com uma pedra, sem querer acertou na professora Olinda. Ela pegou na palmatória e acertou na pele de Gouveia.
-Au au au au, professora ai ai…- gritava ele com muitas dores.
-Menino Gouveia, ficas de castigo por me teres atirado uma pedra!-gritou a professora
Gouveia ficou apavorado, pois nunca tinha apanhado um castigo. Sempre conseguia escapar com os seus olhinhos brilhantes e castanhos e o seu sorriso de veludo fino.
Ele era muito desastrado. Um dia, Mimi chamou-o para irem brincar, mas ele escorregou numa casca de banana, o que o levou a uma quinta onde aterrou no estrume de vaca.
Outro dia, chegou à escola um menino muito sonhador que gostava de voar. Sentou-se ao pé de Mimi e ela viu os planos que ele tinha de uma máquina voadora.
- Olá, eu sou a Mimi. Acho que vais gostar do Gouveia, ele gostaria de voar. -disse Mimi com ar de curiosa.
O menino Dinis não respondeu
- Estás a ouvir? - gritou Mimi.
O Dinis abriu a boca e disse:
-Eu trabalho sim, a tentar voar, mas nunca pensei que um aluno fosse como eu porque eu sou super original.
- Mas fala com o Gouveia, ele é super esperto! - referiu
No recreio Dinis gritou:
-Gouveia, Gouveia, podes vir cá?
Gouveia aproximou-se e Dinis mostrou-lhe os planos para voar. Gouveia, Dinis e Mimi começaram a trabalhar.
Depois de 19 meses estavam quase a acabar até que o Dinis morre num acidente de carro.
Mimi e Gouveia tentaram anos e anos resolver o resto dos planos de Dinis até que um dia Gouveia desistiu.
Gouveia tinha 12 anos quando tentou voar com uma máquina dele.
Saindo da escola, Mimi perguntou:
-Que vais fazer no fim de semana?
-Vou voar!-disse Gouveia
-Como? – perguntou Arnaldo.
-Tenta adivinhar - disse Gouveia.
-De tapete voador?
-Não!-afirmou
-Diz, vá lá, Gouveia, eu quero saber-disse Mimi.
-Ok, eu vou dizer! Eu vou voar com uma máquina minha feita por mim que tem uma hélice e um capacete.
Dias passaram e Gouveia trabalhava no seu projeto de um capacete voador.
Um dia, Gouveia chamou jornais, o pai e vieram todos ver.
O pai pensava que era só imaginação, mas era tudo verdade.
Gouveia saltou do helicóptero e carregou carregou e NADA, NADA ACONTECEU.
Gouveia agarrou-se a uma gaivota que o deixou cair numa árvore, onde uma águia com unhas muito, mas muito afiadas lhe deixou arranhões muito grandes e o largou num quintal cheio de silvas onde dez abelhas o picaram. Nesse momento, uma cobra venenosa mordeu-o com os seus dentes afiados.
Gouveia foi para o hospital de onde regressou numa cadeira de rodas.
2ª parte
Gouveia, de cadeira de rodas, estava em casa a pensar no que podia fazer sem se magoar, mas também em ser um inventor 5 estrelas. Porém, iria ser difícil sem Dinis estar presente para o ajudar.
No dia seguinte, o céu estava branco com nuvens brancas a passar e uns raios de sol bem amarelos a aquecer a escola onde Gouveia andava.
-Já sei Mimi, eu não vou desistir de voar, mas se me ajudares vamos ser famosos-comentou Gouveia a sair da escola.
-Estás doido, Gouveia! Ainda não te magoaste o suficiente para perceber que não conseguimos sem o Dinis?-gritou Mimi.
-Não. O Dinis só começou e nós acabaremos o salto!-Respondeu Gouveia.
-Então, o que vais fazer?-Perguntou Mimi
-Como eu me agarrei numa gaivota,…
-Como assim?-Perguntou Mimi
Gouveia foi-se embora e no chão só se via as marcas da cadeira de rodas, e o seu riso expandia-se no ar.
Gouveia, como se nada fosse, agarrou em 1492 pombas, 1451 Gaivotas e 2046 águias e começou a pensar como iria saltar. Então amarrou tudo na sua cadeira de rodas.
O dia fantástico chegou, o salto começará.
Apressado, Gouveia colocou na sua mala a sua mantinha da sorte vermelha.
Noticiário dizia:
“GOUVEIA, O MENINO QUE TENTA VOAR OUTRA VEZ”
O pai de Gouveia foi a correr, mas lembrou-se que quando a mãe morrera dissera “Salto nas nuvens” e aí o seu pai percebera que o destino dele seria esse mesmo.
Gouveia libertou as pombas, as águias e as gaivotas e começou a voar, mas o peso era tanto que ele estava a cair da cadeira de rodas. Gouveia sabia que iria morrer, mas nesse momento abriu a mala e viu a sua manta da sorte. Agarrou nela e quando fechou os seus olhos estava a planar nos ares.
Noticiários diziam:
“GOUVEIA, MENINO QUE TENTOU VOAR, INVENTOU O PÁRA-QUEDAS “
Então, Gouveia, o menino inventor, apesar da sua vida desastrada e pouco segura, tornou-se um prodígio.
FIM
Agradecimentos
Agradeço à minha professora de Português do 6º ano que me inspirou a escrever este livro e aos meus colegas que me deram confiança.
E espero que um dia possa ser publicado e seja lido por muitas crianças do mundo, que gostem de Gouveia e das aventuras dele
Até a próxima
Escola EB 2,3 de Gueifães
Mafalda, 7º3, ano letivo de 2015/2016