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sábado, 4 de novembro de 2017
Um poema para começar o dia!
Sei de uma camponesa Sei de uma camponesa Sem campo sem quintal Que canta debruçada Ao sol da seara O trigo na cara De suor tão debulhada
Sei de uma camponesa Que dança à noite na eira Perfumada de avenca e feno Enfeitada de tomilho E canta com a expressão De quem vai ter um filho Mesmo pelo coração
Sei de uma camponesa Que nunca enche esta cidade Nunca se senta à minha mesa Nunca me leva à sua herdade Para ouvir um trocadilho Para tornar realidade Um sonho que perfilho. Rui Veloso