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sábado, 19 de maio de 2018

Um poema para começar o dia!

Havia um caminho mais limpo para
Nuno Júdice

dentro da manhã. Os sonhos rebentavam
numa auréola de espumas. A noite resolvia-se
na maré de pálpebras que subia pelas
dunas de um corpo. A luz manchava
de branco as sombras.

Um coração batia sob o pulso
do verso. Que temporais amainava
com o leme do canto?

Há horas em que o céu
e a terra se confundem. Podemos
tocar as nuvens; e o chão abre-se
num campo de estrelas. A tua mão
puxa-me para esse limite. Viajo
até ele no barco da tua voz.

Nuno Júdice